Questões de Português da UFTM 2018 com Gabarito O racismo é sempre dos outros Alexandra Loras Antes que barulhentos defensores do ...
O racismo é sempre dos outros
Alexandra Loras
Antes que barulhentos defensores do jornalista William Waack me acusem — como fizeram com muitos críticos — de agredir direitos individuais ou de promover ato de covardia ressentida, é preciso dizer com clareza: o que está em questão não é só se Waack é racista ou se cometeu atos racistas em sua bem-sucedida e respeitada carreira jornalística. É, sim, se seu gesto vazado em vídeo constitui atitude racista.
Este me parece ter sido seu erro fundamental: o comentário foi desrespeitoso e claramente racista. Waack pode até ser brilhante, mas cometeu mais do que um deslize numa conversa privada, sem saber que se tornaria pública.
O fato é que ele fez piada racista e se referiu a pessoas negras de forma pejorativa. Repetiu uma frase com que nós, negros, nos deparamos cotidianamente: “Coisa de preto”. Um insulto com ar de leveza e humor, mas acima de qualquer coisa um insulto racial.
“Coisa de preto”, no sentido usado pelo jornalista, equivale às pequenas violências simbólicas enfrentadas no dia a dia pelos negros. Passamos a vida ouvindo piadas e brincadeiras de mau gosto, por exemplo, sobre ter cabelo crespo como sendo “duro” ou “ruim”.
O mais importante nessa polêmica é o quanto o racismo na fala de Waack representa o racismo estrutural brasileiro. Com um agravante: aqui no Brasil há uma tradição que sempre põe o ‘mal’ no outro.
O pecado corrente é o do vizinho, jamais o nosso; agressores são os outros, nunca nós mesmos; apontamos o dedo e atacamos atos e gestos racistas como o do jornalista, mas ignoramos práticas igualmente racistas ao nosso redor, até dentro de nós mesmos. São mais sutis, porém tão ou mais violentas e danosas quanto a de Waack.
O episódio diz muito sobre a forma brasileira de expressar o racismo. É como se o Brasil não fosse racista, mas um país onde existe racismo. Esse tipo de visão acaba reforçando a ideia de que o racismo só aparece em atitudes como a de Waack, e no riso conivente do jornalista que aparece no vídeo ao seu lado. Nenhum jornalista comentou isso. Ignora-se, assim, um complexo sistema de opressão, que nega direitos essenciais aos negros.
Como afirmou Djamila Ribeiro, ex-secretária-adjunta de Direitos Humanos de São Paulo, basta ligar a TV e contar: quantas pessoas negras são apresentadoras? Nas universidades, quantos professores são negros? Quantos negros há em cargos de chefia? Nada disso é “coisa de preto”?
A indignação não pode se resumir à reação ao comportamento de Waack, sob pena de transformarmos o debate sobre o racismo brasileiro numa discussão cosmética a respeito de gestos isolados.
Chama a atenção que só colegas brancos tenham reagido em defesa do jornalista. E mais: o privilégio do homem branco é tamanho que, nos EUA ou em países da Europa, ele teria sido demitido e processado diante do racismo exposto em sua atitude.
Só produziremos um debate real quando brancos perceberem que gestos isolados dizem respeito a um problema estrutural, do qual fazem parte seus privilégios e o seu racismo não revelado. É preciso mostrar que “coisa de preto” não é fazer o barulho que tanto incomodou Waack, muito menos tem a ver com a malemolência tão tristemente retratada pela historiografia nacional como um traço do negro. “Coisa de preto”, isto sim, diz respeito à sua enorme riqueza cultural, ao trabalho árduo de quem ajudou a construir este país como Oscar Freire, André Rebouças, Teodoro Sampaio, Machado de Assis. Que alguém me mostre uma igreja, uma estrada ou um edifício que não foi construído por negros no Brasil. É nosso dever mudar a narrativa preconceituosa de nossa época.
(Folha de São Paulo, 19/11/2017)
QUESTÃO 01
UFTM 2018: De acordo com o texto:
A. As atitudes de racismo, no Brasil, constituem apenas casos pontuais.
B. A autora é negra e, por isso, sente na pele as atitudes racistas.
C. O emprego da expressão “Coisa de preto” não constitui uma atitude racista.
D. As crítica dirigidas ao jornalista William Waack foram ilegítimas e maldosas.
Resposta.
QUESTÃO 02
UFTM 2018: Observe os elementos em destaque nos trechos a seguir e assinale a alternativa em que a relação de sentido que emerge do emprego desses elementos difere da indicada entre parênteses:
A. “Antes que barulhentos defensores do jornalista William Waack me acusem — como fizeram com muitos críticos — de agredir direitos individuais ou de promover ato de covardia ressentida...” (tempo)
B. “Como afirmou Djamila Ribeiro, ex-secretária-adjunta de Direitos Humanos de São Paulo, basta ligar a TV e contar...” (conformidade)
C. “Waack pode até ser brilhante, mas cometeu mais do que um deslize numa conversa privada, sem saber que se tornaria pública.” (contraste)
D. “E mais: o privilégio do homem branco é tamanho que, nos EUA ou em países da Europa, ele teria sido demitido e processado...” (proporcionalidade)
Resposta.
UFTM 2018: O vocábulo “desrespeitoso”, em “este me parece ter sido seu erro fundamental: o comentário foi desrespeitoso e claramente racista.”, é um adjetivo formado a partir de um substantivo (respeito). O mesmo processo de formação ocorre nos dois vocábulos listados nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.
A. intercultural / interdisciplinar
B. desfavorável / desonrado
C. inflacionário / investigatório
D. extracurricular / extraoficial
Resposta.
UFTM 2018: Observe o emprego do elemento que destacado no trecho “Com um agravante: aqui no Brasil há uma tradição que sempre põe o ‘mal’ no outro” e, depois, assinale a alternativa em que esse elemento exerce a mesma função, em relação à norma culta:
A. “Waack pode até ser brilhante, mas cometeu mais do que um deslize numa conversa privada, sem saber que se tornaria pública.”
B. “Ignora-se, assim, um complexo sistema de opressão, que nega direitos essenciais aos negros.”
C. “E mais: o privilégio do homem branco é tamanho que, nos EUA ou em países da Europa, ele teria sido demitido e processado...”
D. “Chama a atenção que só colegas brancos tenham reagido em defesa do jornalista.”
Resposta.
UFTM 2018: Releia o trecho “Waack pode até ser brilhante, mas cometeu mais do que um deslize numa conversa privada, sem saber que se tornaria pública...” e assinale a alternativa em que a colocação do pronome oblíquo se justifica pelo mesmo motivo, segundo a norma culta:
A. Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
B. Quero uma cidade tranquila onde me sinta em paz.
C. Nada me faz querer sair dessa cama.
D. Há professores que nos marcam para sempre.
Resposta.
UFTM 2018: Observe as afirmações a respeito dos elementos linguísticos empregados no texto e analise se, de acordo com a norma culta, estão certas ou erradas:
I – Em “são mais sutis, porém tão ou mais violentas e danosas quanto a de Waack”, a conjunção “porém” pode ser substituída por “portanto”, sem alteração de sentido.
II – Em “o pecado corrente é o do vizinho, jamais o nosso; agressores são os outros, nunca nós mesmos; apontamos o dedo e atacamos atos e gestos racistas como o do jornalista, mas ignoramos práticas igualmente racistas ao nosso redor, até dentro de nós mesmos”, o ponto e vírgula foi empregado para separar orações coordenadas que já possuem vírgulas.
III – No fragmento “a indignação não pode se resumir à reação ao comportamento de Waack, sob pena de transformarmos o debate sobre o racismo brasileiro numa discussão cosmética a respeito de gestos isolados”, a palavra destacada está empregada conotativamente.
IV – Os verbos “apontamos”, “atacamos” e “ignoramos”, em “o pecado corrente é o do vizinho, jamais o nosso; agressores são os outros, nunca nós mesmos; apontamos o dedo e atacamos atos e gestos racistas como o do jornalista, mas ignoramos práticas igualmente racistas ao nosso redor, até dentro de nós mesmos.”, indicam uma ação pontual, no presente.
V – Em “...cometeu mais do que um deslize numa conversa privada, sem saber que se tornaria pública”, o elemento “se” desempenha a mesma função que em “É como se o Brasil não fosse racista, mas um país onde existe racismo”.
Assinale a opção que apresenta a sequência CORRETA:
A. E – C – C – C – E
B. E – C – C – E – E
C. C – E – E – C – E
D. C – E – C – E – C
Resposta.
UFTM 2018: Volte ao texto, e releia os trechos a seguir e assinale a única alternativa cujo referente indicado entre parênteses corresponde à expressão em negrito na frase:
A. “...o que está em questão não é só se Waack é racista ou se cometeu atos racistas em sua bem-sucedida e respeitada carreira jornalística.” (carreira)
B. “...a ideia de que o racismo só aparece em atitudes como a de Waack, e no riso conivente do jornalista que aparece no vídeo ao seu lado.” (riso conivente)
C. “Esse tipo de visão acaba reforçando a ideia de que o racismo só aparece em atitudes como a de Waack, e no riso conivente do jornalista que aparece no vídeo ao seu lado. Nenhum jornalista comentou isso...” (atitudes como a de Waack)
D. “E mais: o privilégio do homem branco é tamanho que, nos EUA ou em países da Europa, ele teria sido demitido e processado diante do racismo exposto em sua atitude.” (homem branco)
Resposta.
UFTM 2018: Observe o trecho “Antes que barulhentos defensores do jornalista William Waack me acusem — como fizeram com muitos críticos — de agredir direitos individuais...” e assinale a alternativa em que o elemento destacado tem a mesma função que nesse trecho:
A. Como foi que a aluna ficou sabendo da sua classificação?
B. Como estivesse chovendo muito, o show foi suspenso.
C. Como o Brasil, há atualmente outros países com alto índice de desemprego.
D. Como avisaram os cientistas, começam a surgir nefastos efeitos do desmatamento.
Resposta.
UFTM 2018: Assinale a única alternativa cujo significado indicado entre parênteses não corresponde ao elemento destacado na frase:
A. “...agredir direitos individuais ou de promover ato de covardia ressentida...” (melindrada)
B. “São mais sutis, porém tão ou mais violentas e danosas quanto a de Waack.” (tênue)
C. “...o racismo só aparece em atitudes como a de Waack, e no riso conivente do jornalista que aparece no vídeo ao seu lado.” (zombeteiro)
D. “Coisa de preto”, isto sim, diz respeito à sua enorme riqueza cultural, ao trabalho árduo de quem ajudou a construir este país.” (custoso)
Resposta.
UFTM 2018: No fragmento “Antes que barulhentos defensores do jornalista William Waack me acusem — como fizeram com muitos críticos — de agredir direitos individuais ou de promover ato de covardia ressentida, é preciso dizer com clareza: o que está em questão não é só se Waack é racista ou se cometeu atos racistas em sua bem-sucedida e respeitada carreira jornalística.”, no primeiro parágrafo do texto, os travessões foram empregados para:
A. indicar a mudança de interlocutor, no texto.
B. separar uma oração explicativa, intercalada.
C. realçar ironicamente um fragmento do texto.
D. isolar uma oração com função adverbial.
Resposta.
É hora de recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual
Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na incapacidade de exercer a autocrítica.
Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres, como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.
O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto, num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social. Esse entendimento partia de uma constatação inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela o capitalista. Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele estava excluído o capitalista explorador.
Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto do empreendedor, o empresário.
Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao fracasso econômico. Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo princípio do lucro máximo.
Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é exemplo o capitalismo norte-americano. Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida. Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de criação, inventividade e realização.
Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o enriquecimento da sociedade. Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que, com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.
Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático, podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
(GULLAR, Ferreira. Disponível em www.academia.org.br/artigos/e-hora-de-recuperarmos-utopia-da-sociedadefraterna-e-menos-desigual. Acesso em 17/11/2017)
QUESTÃO 01
UFTM 2018: Releia o fragmento “assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista...”. A palavra que recebe acento gráfico pela mesma razão que o justifica em “proletário”, nesse trecho, é
A. excluído
B. inviável
C. série
D. países
UFTM 2018: Observe o verbo assinalado no trecho “Esse capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela o capitalista” e marque a alternativa em que o verbo transitivo foi empregado com o mesmo tipo de complemento desse verbo:
A. “Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao fracasso econômico.”
B. “...todos abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada.”
C. “O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir a divisão desigual da riqueza produzida.”
D. “Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se tornado de direita.”
UFTM 2018: Assinale a alternativa em que o verbo está empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo em destaque no trecho “Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza...”:
A. “Depois de tantos erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.”
B. “É evidente que isso depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países.”
C. “Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o enriquecimento da sociedade.”
D. “O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável.”
UFTM 2018: Identifica-se noção de explicação no segmento grifado em:
A. “... o trabalhador, que não gozava dos mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros.”
B. “Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista.”
C. “Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer.”
D. “Em países capitalistas como a Suécia, a Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida.”
UFTM 2018: Leia atentamente o trecho “Tampouco acredito numa sociedade em que a igualdade seja plena...” e assinale a alternativa em que os elementos sublinhados preenchem adequadamente a lacuna do enunciado:
A. Muitas obras, ________ os autores se orgulham, nem sempre se transformam em sucesso de vendas.
B. Alguns episódios, ________ os organizadores do evento se referem, precisam ser avaliados com seriedade.
C. Os trabalhos ________ estamos falando são aqueles que constituem efetiva mobilização em defesa dos direitos humanos.
D. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos _______ figure como parte ou interessado pessoa portadora de deficiência.
UFTM 2018: Observe as afirmações a respeito dos elementos linguísticos empregados no texto e assinale a alternativa em que o que se afirma está correto, de acordo com a norma culta:
A. Em “o sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir a divisão desigual da riqueza produzida”, a forma verbal em destaque apresenta o fato como uma possibilidade.
B. No trecho “Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas. É evidente que isso depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países”, o elemento destacado se refere à expressão “uma série de fatores e condições”.
C. A preposição “a”, no trecho “esse entendimento partia de uma constatação inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador...”, foi empregada em decorrência da regência do verbo “submeter”.
D. A colocação do pronome oblíquo no trecho destacado em “É evidente que isso depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países”, justifica-se pela conjunção integrante presente no enunciado.
UFTM 2018: Volte ao texto e releia o trecho “O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto, num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social”. Para que se mantenha a mesma relação semântica estabelecida pelo conectivo “no entanto”, ao ser reescrito, o enunciado deve ser introduzido pelo conectivo:
“_________ a concepção de Karl Marx estivesse apoiada num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social, o sonho dele era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir a divisão desigual da riqueza produzida.”
A. ( ) entretanto
B. ( ) embora
C. ( ) todavia
D. ( ) uma vez que
UFTM 2018: O pronome relativo é assim chamado porque se refere, de regra geral, a um termo anterior - o antecedente, ou seja, o substitui, evitando repetições desnecessárias. Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada tem função de pronome relativo:
A. “Tampouco acredito numa sociedade em que a igualdade seja plena...”.
B. “... a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer”.
C. “Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo...”.
D. “É evidente que isso depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países”.
UFTM 2018: Assinale a alternativa correta, de acordo com a norma culta:
A. Em “...o Estado comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia...”, o elemento destacado imprime ao enunciado uma ideia de oposição.
B. No trecho “...justifica o nível de desigualdade que, com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos”, os elementos em destaque poderiam ser substituídos por “onde”.
C. O verbo “têm”, em “...os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de criação...”, recebeu acento pelo mesmo motivo que “refém”, em “o refém ficou quinze dias em cativeiro”.
D. No fragmento “A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto, num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social”, as vírgulas foram empregadas para isolar o adjunto adverbial antecipado.
UFTM 2018: No fragmento “O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir a divisão desigual da riqueza produzida”, a forma adequada da transformação da oração reduzida sublinhada em oração desenvolvida é:
A. o impedimento da divisão desigual da riqueza produzida
B. impedirmos a divisão desigual da riqueza produzida
C. que se impedissem a divisão desigual da riqueza produzida
D. que se impedisse a divisão desigual da riqueza produzida
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