Atividade sobre Romantismo: origens e poesias (Literatura) com Gabarito QUESTÃO 01 (PUC-SP) Nossa canção do exílio Um sabiá na pal...
QUESTÃO 01
(PUC-SP)
Nossa canção do exílio
Um sabiá
na palmeira, longe.
Estas aves cantam
um outro canto.
O céu cintila
sobre flores úmidas.
Vozes na mata,
e o maior amor.
Só, na noite,
seria feliz:
um sabiá,
na palmeira, longe.
Onde é tudo belo
e fantástico,
só, na noite,
seria feliz.
(Um sabiá,
na plameira, longe.)
Ainda um grito de vida e
voltar
para onde é tudo belo
e fantástico;
a plameira, o sabiá,
o longe.
O poema acima integra a obra a Rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade. Deste poema como um todo é incorreto afirmar que
A) É uma variação do tema da terra natal, espécie de atualização moderna de uma idealização romântica da pátria.
B) Estabelece uma relação intertextual com a "Canção do exílio", de Gonçalves Dias, e se mostra como uma espécie de paráfrase.
C) Evidencia que o poeta se apropriou indevidamente do poema de Gonçalves Dias e manteve os esquemas de métrica e de rima do texto original.
D) Traduz na palavra "longe", o significado do "lá", lugar do ideal distante, caracterizador de visão de uma pátria idealizada.
E) Utiliza a imagem do sabiá e da palmeira para sugerir um "espaço onde tudo é belo e fantástico" e, afastado do qual, o poeta se sente em exílio.
RESPOSTA.
(UFRJ) Leia o texto a seguir para responder às questões 2 a 4.
O fluido elétrico
Quando chegava perto de Antônio alguma endiabrada moça requebrando e seduzindo-o com palavras, com os gestos, com os olhos e com os modos, ele confessa numa carta que sentia um fluido elétrico a correr pela medula da sua coluna vertebral, então por que não sentiria isso também por mim? Antônio é fraco para com as mulheres e nunca sincero com elas, nem consigo mesmo, sincero apenas com Alexandre Teófilo e com a poesia, sua Musa, por isso acredito que o poema tenha sido inspirado em meus olhos, que ele via verdes mas infelizmente são da cor de mel, um mel turvo, quase verdes quando olho a luz, o mar "quando viajamos na costa do Ceará, Natalícia admitiu que meus olhos estavam verdes". Desejo acreditar no que diz Maria Luíza, mas acredito apenas em meu coração, sei quanto fel pode haver no coração de uma romântica. Talvez ele tenha confundido os meus olhos com as vagens do feijão verde e com as paisagens que ele tanto ama de palmeiras esbeltas e cajazeiros cobertos de cipós, talvez estivesse apenas ensaiando o grande amor que iria sentir na sua vida adulta, quando escrevia tantos poemas, dos mais dedicados, apaixonados, melancólicos, dos mais saudosos, e ao pensar nisso uma tristeza funda, inexprimível, o coração mini anseia.
MIRANDA, Ana. Dias e dias. São
Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 19.
QUESTÃO 02
Esse texto é um capítulo da obra Dias e Dias, de Ana Miranda, publicado em 2002, que reconstitui a vida de António Gonçalves Dias. É, portanto, um romance histórico "escrito no século XXI" e retratado no século XIX.
A) Como se estrutura o foco narrativo do texto?
B) Transcreva uma passagem que comprove sua resposta.
RESPOSTA.
QUESTÃO 03
Que argumento é usado para comprovar a hipótese de que o poema "Olhos verdes" foi inspirado nos olhos cor de mel da admiradora de António Gonçalves Dias?
RESPOSTA.
Que argumento é usado para comprovar a hipótese de que o poema "Olhos verdes" foi inspirado nos olhos cor de mel da admiradora de António Gonçalves Dias?
RESPOSTA.
QUESTÃO 04
Tendo em vista que Gonçalves Dias foi um poeta romântico da chamada primeira geração, identifique a que características da poesia dessa frase os fragmentos a seguir se referem:
A) "com as paisagens que ele tanto ama de palmeiras esbeltas e cajazeiros cobertos de cipós"
B) "quando escreveria tantos poemas, dos mais dedicados, apaixonados, melancólicos, dos mais saudosos"
RESPOSTA.
A) "com as paisagens que ele tanto ama de palmeiras esbeltas e cajazeiros cobertos de cipós"
B) "quando escreveria tantos poemas, dos mais dedicados, apaixonados, melancólicos, dos mais saudosos"
RESPOSTA.
QUESTÃO 05
(UFRJ) Leia o texto e responda à questão.
A cruz da estrada
Caminheiro que passas pela estrada,
Seguindo pelo rumo do sertão,
Quando vires a cruz abandonada,
Deixa-a em paz dormir na solidão.
É de um escravo humilde sepultura,
Foi-lhe a vida o velar de insônia atroz.
Deixe-o dormir no leito de verdura,
Que o Senhor dentre as selvas lhe compôs.
Dentre os braços da cruz, a parasita,
Num abraço de flores se prendeu.
Chora orvalhos a grama, que palpita;
Lhe acende o vaga-lume e facho seu.
Caminheiro! Do escravo desgraçado
O sonho agora mesmo começou!
Não lhe toque no leito de noivado,
Há pouco a liberdade o desposou.
Nesse fragmento do poema "A cruz da estrada", observa-se um traço marcante da poesia romântica, que é
A) o egocentrismo exacerbado elevador das emoções do eu.
B) o nacionalismo expresso na origem histórica do nosso povo.
C) o envolvimento subjetivo dos elementos da natureza.
D) a elevação do eu para espaços distantes e exóticos.
E) a idealização da infância como uma época perfeita.
RESPOSTA.
(UFRJ) Leia o texto e responda à questão.
A cruz da estrada
Caminheiro que passas pela estrada,
Seguindo pelo rumo do sertão,
Quando vires a cruz abandonada,
Deixa-a em paz dormir na solidão.
É de um escravo humilde sepultura,
Foi-lhe a vida o velar de insônia atroz.
Deixe-o dormir no leito de verdura,
Que o Senhor dentre as selvas lhe compôs.
Dentre os braços da cruz, a parasita,
Num abraço de flores se prendeu.
Chora orvalhos a grama, que palpita;
Lhe acende o vaga-lume e facho seu.
Caminheiro! Do escravo desgraçado
O sonho agora mesmo começou!
Não lhe toque no leito de noivado,
Há pouco a liberdade o desposou.
ALVES, Castro. A cruz da estrada. Em: LAJOLO, Marisa;
CAMPEDELLI, Samira (Org.). Literatura comentada. 2. ed.
São Paulo: Nova Cultura, 1988. p. 89-90.
Nesse fragmento do poema "A cruz da estrada", observa-se um traço marcante da poesia romântica, que é
A) o egocentrismo exacerbado elevador das emoções do eu.
B) o nacionalismo expresso na origem histórica do nosso povo.
C) o envolvimento subjetivo dos elementos da natureza.
D) a elevação do eu para espaços distantes e exóticos.
E) a idealização da infância como uma época perfeita.
RESPOSTA.
QUESTÃO 06
(UFG-GO) No tocante a descrição dos costumes indígenas, José de Alencar, em Ubirajara, retoma um procedimento já utilizado nos relatos dos cronistas do século XVI. No romance, o tratamento das informações referentes a cultura indígena resulta na:
A) transformação do passado colonial do Brasil.
B) idealização da figura do indígena nacional.
C) indicação dos sentidos da Cultura autóctone
D) apresentação dos primeiros habitantes do Brasil.
E) introdução do índio na literatura brasileira.
RESPOSTA.
(UFG-GO) No tocante a descrição dos costumes indígenas, José de Alencar, em Ubirajara, retoma um procedimento já utilizado nos relatos dos cronistas do século XVI. No romance, o tratamento das informações referentes a cultura indígena resulta na:
A) transformação do passado colonial do Brasil.
B) idealização da figura do indígena nacional.
C) indicação dos sentidos da Cultura autóctone
D) apresentação dos primeiros habitantes do Brasil.
E) introdução do índio na literatura brasileira.
RESPOSTA.
QUESTÃO 07
(Ufac) A poesia romântica desenvolveu-se em três gerações: nacionalista ou indianista, do mal do século e condoreira. O indianismo de nossos poetas românticos é:
A) um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a instalação da capitania de São Vicente.
B) um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização que se instalava.
C) uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com simpatia e piedade; exaltação de bravura, heroísmo e de todas as qualidades morais superiores.
D) uma forma de apresentar o índio em toda a sua realidade objetiva; o índio como elemento étnico da futura raça do Brasil.
E) um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que nada difere do modelo europeu.
RESPOSTA.
A) um meio de reconstruir o grave perigo que o índio representava durante a instalação da capitania de São Vicente.
B) um meio de eternizar liricamente a aceitação, pelo índio, da nova civilização que se instalava.
C) uma forma de apresentar o índio como motivo estético; idealização com simpatia e piedade; exaltação de bravura, heroísmo e de todas as qualidades morais superiores.
D) uma forma de apresentar o índio em toda a sua realidade objetiva; o índio como elemento étnico da futura raça do Brasil.
E) um modelo francês seguido no Brasil; uma necessidade de exotismo que nada difere do modelo europeu.
RESPOSTA.
(Unirio) Texto para as questões de 8 a 12.
Marabá
Eu vivo sozinho, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupã?
Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
- "Tu és", me responde,
"Tu és Marabá!"
Meu olhos são garços, são cor das safiras,
Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
Imitam as nuvens de um céu anilado,
As cores imitam das vagas do mar!
Se alguns dos guerreiros não foge a meus passos:
- "Teus olhos são garços",
Responde anojado, "mas és Marabá":
"Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
"Uns olhos fulgentes,
"Bem pretos, retintos, não cor de d'anajá!"
É alvo meu rosto da alvura dos lírios,
Da cor das areias batidas do mar;
As aves mais brancas, as conchas mais puras
Não têm mais alvura, não têm mais brilhar.
Se ainda me escuta meus agros delírios:
- "És alva de lírios",
Sorrindo responde, "mas és Marabá:
"Quero antes um rosto de jambo corado,
"Um rosto crestado
"Do sol do deserto, não flor de cajá."
Meu colo de leve se encurva engraçado,
Como hástea pendente do cactus em flor;
Mimosa, indolente, resvalo no prado,
Como um soluçado suspiro de amor!
- "Eu amo a estatura flexível, ligeira,
Qual duma palmeira",
Então me respondem, "tu és Marabá:
Quero antes o colo da ema orgulhosa,
Quero pisa vaidosa,
Que as flóreas campinas governa, onde está."
Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
O oiro mais puro não tem seu fulgor;
As brisas nos bosques de os ver se enamoram,
De os ver tão formosos como um beija-flor!
Mas eles respondem: "Teus longos cabelos,
"São loiros, são belos
"Mas são anelados; tu és Marabá;
"Quero antes cabelos bem lisos, corridos,
"Cabelos compridos,
"Não cor d'oiro fino, nem cor d'anajá."
E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem as direi?
O ramo d'acácia na fronte de um homem
Jamais cingirei:
Jamais um guerreiro da minha arazoia
Me despenderá:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,
Que sou Marabá!
DIAS, Gonçalves.
Marabá: mestiço de francês com índia.
Tupã: Tupã.
Engraçado: gracioso.
Arazoia (ou araçoia): saiote de penas usado pelas mulheres indígenas.
QUESTÃO 08
Após leitura, análise e interpretação do poema "Marabá", algumas afirmações como as seguintes podem ser feitas, com exceção de uma. Indique-a
A) O poema se inicia com uma pergunta de ordem religiosa e termina com uma consideração de aspecto sensual.
B) O poema é um profundo lamento construído com base na estrutura dialética apresentando argumentação e contra-argumentação.
C) Ocorre interlocução registrada em discursos diretos, estrutura que enfatiza assim o desprezo preconceituoso dado a Marabá.
D) A ocorrência de figuras de linguagem e o emprego da primeira pessoa marcam, respectivamente, às funções da linguagem poética e emotiva.
E) "Marabá" é o poema representante da primeira fase que cultua o aspecto físico da mulher.
RESPOSTA.
Após leitura, análise e interpretação do poema "Marabá", algumas afirmações como as seguintes podem ser feitas, com exceção de uma. Indique-a
A) O poema se inicia com uma pergunta de ordem religiosa e termina com uma consideração de aspecto sensual.
B) O poema é um profundo lamento construído com base na estrutura dialética apresentando argumentação e contra-argumentação.
C) Ocorre interlocução registrada em discursos diretos, estrutura que enfatiza assim o desprezo preconceituoso dado a Marabá.
D) A ocorrência de figuras de linguagem e o emprego da primeira pessoa marcam, respectivamente, às funções da linguagem poética e emotiva.
E) "Marabá" é o poema representante da primeira fase que cultua o aspecto físico da mulher.
RESPOSTA.
QUESTÃO 09
A expressão "Quero antes" pode ser substituída, sem que haja alteração de significado, por "preferir". Quanto à regência desse verbo, de acordo com a norma-padrão está correto:
A) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, que cor d'anajá!
B) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, do que cor d'anajá!
C) Prefiro a uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, do que cor d'anajá!
D) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, à cor d'anajá!
E) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes do que, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, a cor d'anajá!
RESPOSTA.
A expressão "Quero antes" pode ser substituída, sem que haja alteração de significado, por "preferir". Quanto à regência desse verbo, de acordo com a norma-padrão está correto:
A) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, que cor d'anajá!
B) Prefiro uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, do que cor d'anajá!
C) Prefiro a uns olhos bem pretos, luzentes, uns olhos fulgentes, bem pretos, retintos, do que cor d'anajá!
QUESTÃO 10
A leitura dos versos abaixo permite a identificação de figuras de linguagem. Aquela que está em desacordo com o contexto do poema é
A) "Eu vivo sozinha, chorando mesquinha," - gradação
B) "Se algum dentre os homens de mim não se esconde:" - hipérbato
C) "Não têm mais alvura, não têm mais brilhar." - comparação.
D) "O oiro mais puro não tem seu fulgor;" - hipérbole
E) "E as doces palavras que eu tinha cá dentro" - sinestesia
RESPOSTA.
A leitura dos versos abaixo permite a identificação de figuras de linguagem. Aquela que está em desacordo com o contexto do poema é
A) "Eu vivo sozinha, chorando mesquinha," - gradação
B) "Se algum dentre os homens de mim não se esconde:" - hipérbato
C) "Não têm mais alvura, não têm mais brilhar." - comparação.
D) "O oiro mais puro não tem seu fulgor;" - hipérbole
E) "E as doces palavras que eu tinha cá dentro" - sinestesia
QUESTÃO 11
A unidade dramática vivenciada pelo eu lírico no poema "Marabá" concentra-se em:
A) tristeza e compreensão.
B) aflição e frustração.
C) amargura e comedimento.
D) indignação e passividade.
E) decepção e aceitação.
RESPOSTA.
A) tristeza e compreensão.
B) aflição e frustração.
C) amargura e comedimento.
D) indignação e passividade.
E) decepção e aceitação.
QUESTÃO 12
O Romantismo tende ao uso de metáforas, o que denota um comportamento linguístico voltado para imagística em geral, tanto nas descrições apresentadas, quanto nas alegorias.
O fragmento de texto que exemplifica o uso predominante da metáfora é:
A) "Jamais um guerreiro da minha arazoia / Me despenderá:"
B) "Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes, / Uns olhos fulgentes,"
C) "Quero antes o colo da ema orgulhosa, / Quero pisa vaidosa,"
D) "Teus longos cabelos, / São loiros, são belos"
E) "Meu olhos são garços, são cor das safiras, / Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;"
RESPOSTA.
O Romantismo tende ao uso de metáforas, o que denota um comportamento linguístico voltado para imagística em geral, tanto nas descrições apresentadas, quanto nas alegorias.
O fragmento de texto que exemplifica o uso predominante da metáfora é:
A) "Jamais um guerreiro da minha arazoia / Me despenderá:"
B) "Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes, / Uns olhos fulgentes,"
C) "Quero antes o colo da ema orgulhosa, / Quero pisa vaidosa,"
D) "Teus longos cabelos, / São loiros, são belos"
E) "Meu olhos são garços, são cor das safiras, / Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;"
QUESTÃO 13
(UFCG) Assinale a alternativa correta, com base nos versos transcritos dos livros Poesia lírica e indianista, de Gonçalves Dias, e O cerco da memória, de Sérgio de Castro Pinto.
Inocência
1 Ó meu anjo, vem correndo,
Vem tremendo
Lançar-te nos braços meus;
Vem depressa, que a lembrança
5 Da tardança
Me aviva os rigores teus.
(...)
É belo o pudor, mas choro
E deploro
Que assim sejas medrosa.
10 Por inocente tens medo.
De tão cedo,
De tão cedo ter amo;
Mas sabe que a formosura
Pouco dura,
15 Pouco dura, como a flor.
Nômade
acha que atritas,
o meu falo queima.
somos trogloditas
descobrindo o fogo.
crescem labaredas.
sob a braguilha,
armo uma tenda
com a minha glande.
e o meu falo nômade
rumo à tua fenda
levanta acampamento.
A) Tanto nas estrofes de Gonçalves Dias quando nasce Sérgio de Castro Pinto, observa-se que a temática gira em torno da experiência amorosa, já comprovada a partir do título de ambos.
B) Em se tratando da figura feminina, observa-se que nos versos de Gonçalves Dias a mulher é um ser frágil, angelical e inatingível, enquanto nos versos de Sérgio de Castro Pinto ela é troglodita e sem nenhum pudor.
C) Em ambos os textos, percebe-se que os poetas, cada qual ao seu modo, lançam mão de uma linguagem coloquial, utilizando a metáfora e a comparação para ratificar o prosaísmo das obras.
D) Nos versos 7, 8 e 9, de Gonçalves Dias, verifica-se que o eu lírico admira o poder da amada e prefere que ela continue tendo Medo de Amar.
E) Nos versos de Sérgio Castro Pinto, observa-se que o poeta utiliza uma linguagem de caráter erótico, lançando mão de imagens predominantemente metafóricas.
RESPOSTA.
(UFCG) Assinale a alternativa correta, com base nos versos transcritos dos livros Poesia lírica e indianista, de Gonçalves Dias, e O cerco da memória, de Sérgio de Castro Pinto.
Inocência
1 Ó meu anjo, vem correndo,
Vem tremendo
Lançar-te nos braços meus;
Vem depressa, que a lembrança
5 Da tardança
Me aviva os rigores teus.
(...)
É belo o pudor, mas choro
E deploro
Que assim sejas medrosa.
10 Por inocente tens medo.
De tão cedo,
De tão cedo ter amo;
Mas sabe que a formosura
Pouco dura,
15 Pouco dura, como a flor.
DIAS, Gonçalves. Poesia lírica e indianista. p. 125.
Nômade
acha que atritas,
o meu falo queima.
somos trogloditas
descobrindo o fogo.
crescem labaredas.
sob a braguilha,
armo uma tenda
com a minha glande.
e o meu falo nômade
rumo à tua fenda
levanta acampamento.
PINTO, Sérgio de Castro. O cerco da memória. p. 9.
A) Tanto nas estrofes de Gonçalves Dias quando nasce Sérgio de Castro Pinto, observa-se que a temática gira em torno da experiência amorosa, já comprovada a partir do título de ambos.
B) Em se tratando da figura feminina, observa-se que nos versos de Gonçalves Dias a mulher é um ser frágil, angelical e inatingível, enquanto nos versos de Sérgio de Castro Pinto ela é troglodita e sem nenhum pudor.
C) Em ambos os textos, percebe-se que os poetas, cada qual ao seu modo, lançam mão de uma linguagem coloquial, utilizando a metáfora e a comparação para ratificar o prosaísmo das obras.
D) Nos versos 7, 8 e 9, de Gonçalves Dias, verifica-se que o eu lírico admira o poder da amada e prefere que ela continue tendo Medo de Amar.
E) Nos versos de Sérgio Castro Pinto, observa-se que o poeta utiliza uma linguagem de caráter erótico, lançando mão de imagens predominantemente metafóricas.
QUESTÃO 14
(UFCG) A partir da leitura do fragmento do poema, abaixo transcrito, e da leitura de Poesia lírica e indianista, de Gonçalves Dias, assinale a alternativa incorreta:
Marabá
Eu vivo sozinho, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupã?
Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
- "Tu és", me responde,
"Tu és Marabá!"
Meu olhos são garços, são cor das safiras,
Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
Imitam as nuvens de um céu anilado,
As cores imitam das vagas do mar!
A) Gonçalves Dias sobre aliar, em sua obra, habilidade técnica aos temas de que tratou, além de ostentar uma reconhecida imaginação criadora.
B) O eu lírico ressalta suas qualidades, assemelhando-as a elementos da natureza como forma de convencer algum índio a querê-la.
C) Esse poema, como tantos outros de Gonçalves Dias, traz a valorização do indígena - elementos-símbolo do nacionalismo defendido pelos românticos.
D) O eu lírico é a típica representação da mulher indígena romântica: formosa, mas valorizada por poucos homens.
E) O poema reproduz um diálogo entre a índia e os rapazes da tribo em que se observa a rejeição sofrida pelo eu lírico por ser fruto da mistura de raças: europeia e indígena.
RESPOSTA.
Marabá
Eu vivo sozinho, ninguém me procura!
Acaso feitura
Não sou de Tupã?
Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
- "Tu és", me responde,
"Tu és Marabá!"
Meu olhos são garços, são cor das safiras,
Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
Imitam as nuvens de um céu anilado,
As cores imitam das vagas do mar!
(...)
DIAS, Gonçalves. Poesia lírica e indianista. p. 89.
B) O eu lírico ressalta suas qualidades, assemelhando-as a elementos da natureza como forma de convencer algum índio a querê-la.
C) Esse poema, como tantos outros de Gonçalves Dias, traz a valorização do indígena - elementos-símbolo do nacionalismo defendido pelos românticos.
D) O eu lírico é a típica representação da mulher indígena romântica: formosa, mas valorizada por poucos homens.
E) O poema reproduz um diálogo entre a índia e os rapazes da tribo em que se observa a rejeição sofrida pelo eu lírico por ser fruto da mistura de raças: europeia e indígena.
QUESTÃO 15
(UFPA) Em relação ao Romantismo, é verdadeiro afirmar que foi uma corrente literária:
A) da segunda metade do século XVII e se caracterizou pela total obediência às regras vigentes na época.
B) cujos seguidores eram contra o arrebatamento lírico e preconizavam a arte pela arte, o virtuosismo técnico e o privado da razão sobre o sentimento.
C) cujas principais características foram a liberdade de criação, a primazia da emoção sobre a razão, o subjetivismo, o culto da natureza, a evasão do tempo e no espaço.
D) surgida logo após a Primeira Guerra Mundial é caracterizada por obras em prosa profundamente marcadas pela angústia da existência e pelo obscuro da condição humana.
E) exatamente rica, que veio à luz da época do Renascimento e coisas primeiras manifestações revalorizavam os ideais clássicos de beleza, tais como: o equilíbrio, a harmonia e a clareza de expressão.
RESPOSTA.
(UFPA) Em relação ao Romantismo, é verdadeiro afirmar que foi uma corrente literária:
A) da segunda metade do século XVII e se caracterizou pela total obediência às regras vigentes na época.
B) cujos seguidores eram contra o arrebatamento lírico e preconizavam a arte pela arte, o virtuosismo técnico e o privado da razão sobre o sentimento.
C) cujas principais características foram a liberdade de criação, a primazia da emoção sobre a razão, o subjetivismo, o culto da natureza, a evasão do tempo e no espaço.
D) surgida logo após a Primeira Guerra Mundial é caracterizada por obras em prosa profundamente marcadas pela angústia da existência e pelo obscuro da condição humana.
E) exatamente rica, que veio à luz da época do Renascimento e coisas primeiras manifestações revalorizavam os ideais clássicos de beleza, tais como: o equilíbrio, a harmonia e a clareza de expressão.
QUESTÃO 16
(UFJF - Adaptado) Leia com atenção o texto a seguir, para responder à questão.
Há uma crise nos séculos como nos homens. É quando a poesia chegou deslumbrada de fitar-se no misticismo e caiu do céu sentindo exausta as suas asas de ouro.
O poeta acorda na terra. Demais, o poeta é homem. Humo sum, como dizia o célebre Romano. Vê, ouve, sente e, o que é mais, sonha de noite as belas visões palpáveis de acordado. Tem nervos, tem fibra e tem artérias - isto é, antes e depois de serem um ente idealista, é um ente que tem corpo. E, digam o que quiserem, sem esses elementos, que sou o primeiro a reconhecer muito prosaicos, não a poesia.
A) o passado era uma época mais feliz para viver.
B) o ser humano muda de acordo com a época.
C) a época contemporânea tem mais recursos.
D) a felicidade se confunde com a poesia.
E) o poeta só trabalha com abstrações.
RESPOSTA.
(UFJF - Adaptado) Leia com atenção o texto a seguir, para responder à questão.
Há uma crise nos séculos como nos homens. É quando a poesia chegou deslumbrada de fitar-se no misticismo e caiu do céu sentindo exausta as suas asas de ouro.
O poeta acorda na terra. Demais, o poeta é homem. Humo sum, como dizia o célebre Romano. Vê, ouve, sente e, o que é mais, sonha de noite as belas visões palpáveis de acordado. Tem nervos, tem fibra e tem artérias - isto é, antes e depois de serem um ente idealista, é um ente que tem corpo. E, digam o que quiserem, sem esses elementos, que sou o primeiro a reconhecer muito prosaicos, não a poesia.
Prefácio à segunda parte da Lira dos vinte anos.
Em: AZEVEDO, Álvares de. Obra completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000. p. 190.
No texto, observa-se a constatação de que:A) o passado era uma época mais feliz para viver.
B) o ser humano muda de acordo com a época.
C) a época contemporânea tem mais recursos.
D) a felicidade se confunde com a poesia.
E) o poeta só trabalha com abstrações.
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