Textos para as questões de 01 a 06 . Texto I Não é fácil dissertar sobre a alimentação dos portugueses durante a Idade Média. Escass...
Textos para as questões de 01 a 06.
Não é fácil dissertar sobre a alimentação dos portugueses durante a Idade Média. Escasseiam as fontes informativas: o primeiro livro de receitas culinárias que se conhece não é anterior ao século XVI. As descrições de banquetes, colhidas nas crônicas ou noutros textos narrativos, são em geral parcas em notícias concretas sobre os alimentos consumidos.
De maneira geral, a alimentação medieval era pobre, se comparada com os padrões modernos. A quantidade supria, quantas vezes, a qualidade. A técnica culinária achava-se ainda numa fase rudimentar, e as conquistas da cozinha romana haviam-se perdido. A condimentação obedecia a princípios extremamente simples.
As duas refeições principais do dia eram o jantar e a ceia. Jantava-se, nos fins do século XIV, por volta das dez horas da manhã; mas nos séculos anteriores, essa hora teria de recuar para oito ou nove. Ceava-se pelas seis ou sete horas da tarde. Como ideal de frugalidade, aconselhava-se a ausência de qualquer outro repasto durante o dia. É de supor, a partir de certa altura, a necessidade de um “almoço” tomado pouco depois do levantar.
O jantar era a refeição mais forte do dia. O número de pratos servidos andava, em média, pelos três, sem contar sopas, acompanhamentos ou sobremesas. Isto, entenda-se, em relação ao rei, à nobreza, e ao alto clero. Entre os menos privilegiados ou os menos ricos, o número de pratos ao jantar podia descer para dois ou até um. À ceia, baixava para dois a média das iguarias tomadas; ou para um, nos outros casos indicados.
Havia três estados ou estamentos na sociedade feudal: o clero, a nobreza e o campesinato. Os dois primeiros eram privilegiados, reservando-se as funções de ministrar os sacramentos religiosos, governar e dar proteção. O terceiro estado, os camponeses, tinha obrigação de trabalhar para o sustento material de toda a sociedade.
Os camponeses produziam centeio, trigo, cevada etc. e cuidavam das oliveiras e das vinhas. A técnica de produção era rudimentar, os instrumentos de produção, inadequados, e a produção, relativa - mente pequena. O espectro da fome geralmente rondava as choupanas dos trabalhadores.
QUESTÃO 01 / MACKENZIE 2019.2 / PROVA A
(MACKENZIE) Depreende-se corretamente da leitura dos textos que:
a) pouco mudaram os hábitos alimentares da Idade Média para nossa época, visto que se mantém o costume de fazer variadas e diversas refeições ao longo do dia.
b) os hábitos alimentares no período medieval espelhavam, de certo modo, as grandes desigualdades sociais da época, na qual uma rígida estratificação social determinava práticas do cotidiano.
c) merece destaque a boa qualidade dos hábitos alimentares no período medieval, uma vez que estes eram diversificados na seleção de alimentos que faziam parte do cardápio.
d) houve um avanço das práticas alimentares na passagem da Idade Antiga para a Idade Medieval, já que a sociedade deste período suplantou sociedades como a grega e a romana.
e) uma reconstrução histórica de hábitos alimentares do período medieval é possível de ser realizada pelos historiadores por conta dos vários materiais disponíveis que documentam com detalhes a culinária da Idade Média.
QUESTÃO ANTERIOR:
- mais questões do Mackenzie.
RESOLUÇÃO:
Segundo os textos, no período medieval, entre nobres e camponeses, havia grande desigualdade social, exemplificada pelas refeições ou ausência delas para cada classe.
GABARITO:
b) os hábitos alimentares no período medieval espelhavam, de certo modo, as grandes desigualdades sociais da época, na qual uma rígida estratificação social determinava práticas do cotidiano.
PRÓXIMA QUESTÃO:
- (MACKENZIE) Assinale a alternativa correta sobre os textos.
Questão disponível em:
- Prova MACKENZIE 2019.2 - Questões com Gabarito e Resolução
Texto I
Não é fácil dissertar sobre a alimentação dos portugueses durante a Idade Média. Escasseiam as fontes informativas: o primeiro livro de receitas culinárias que se conhece não é anterior ao século XVI. As descrições de banquetes, colhidas nas crônicas ou noutros textos narrativos, são em geral parcas em notícias concretas sobre os alimentos consumidos.
De maneira geral, a alimentação medieval era pobre, se comparada com os padrões modernos. A quantidade supria, quantas vezes, a qualidade. A técnica culinária achava-se ainda numa fase rudimentar, e as conquistas da cozinha romana haviam-se perdido. A condimentação obedecia a princípios extremamente simples.
As duas refeições principais do dia eram o jantar e a ceia. Jantava-se, nos fins do século XIV, por volta das dez horas da manhã; mas nos séculos anteriores, essa hora teria de recuar para oito ou nove. Ceava-se pelas seis ou sete horas da tarde. Como ideal de frugalidade, aconselhava-se a ausência de qualquer outro repasto durante o dia. É de supor, a partir de certa altura, a necessidade de um “almoço” tomado pouco depois do levantar.
O jantar era a refeição mais forte do dia. O número de pratos servidos andava, em média, pelos três, sem contar sopas, acompanhamentos ou sobremesas. Isto, entenda-se, em relação ao rei, à nobreza, e ao alto clero. Entre os menos privilegiados ou os menos ricos, o número de pratos ao jantar podia descer para dois ou até um. À ceia, baixava para dois a média das iguarias tomadas; ou para um, nos outros casos indicados.
Adaptado de A.H. de Oliveira Marques,
A sociedade medieval portuguesa.
Texto II
Havia três estados ou estamentos na sociedade feudal: o clero, a nobreza e o campesinato. Os dois primeiros eram privilegiados, reservando-se as funções de ministrar os sacramentos religiosos, governar e dar proteção. O terceiro estado, os camponeses, tinha obrigação de trabalhar para o sustento material de toda a sociedade.
Os camponeses produziam centeio, trigo, cevada etc. e cuidavam das oliveiras e das vinhas. A técnica de produção era rudimentar, os instrumentos de produção, inadequados, e a produção, relativa - mente pequena. O espectro da fome geralmente rondava as choupanas dos trabalhadores.
Adaptado de Heródoto Barbeiro,
História Geral
QUESTÃO 01 / MACKENZIE 2019.2 / PROVA A
(MACKENZIE) Depreende-se corretamente da leitura dos textos que:
a) pouco mudaram os hábitos alimentares da Idade Média para nossa época, visto que se mantém o costume de fazer variadas e diversas refeições ao longo do dia.
b) os hábitos alimentares no período medieval espelhavam, de certo modo, as grandes desigualdades sociais da época, na qual uma rígida estratificação social determinava práticas do cotidiano.
c) merece destaque a boa qualidade dos hábitos alimentares no período medieval, uma vez que estes eram diversificados na seleção de alimentos que faziam parte do cardápio.
d) houve um avanço das práticas alimentares na passagem da Idade Antiga para a Idade Medieval, já que a sociedade deste período suplantou sociedades como a grega e a romana.
e) uma reconstrução histórica de hábitos alimentares do período medieval é possível de ser realizada pelos historiadores por conta dos vários materiais disponíveis que documentam com detalhes a culinária da Idade Média.
QUESTÃO ANTERIOR:
- mais questões do Mackenzie.
RESOLUÇÃO:
Segundo os textos, no período medieval, entre nobres e camponeses, havia grande desigualdade social, exemplificada pelas refeições ou ausência delas para cada classe.
GABARITO:
b) os hábitos alimentares no período medieval espelhavam, de certo modo, as grandes desigualdades sociais da época, na qual uma rígida estratificação social determinava práticas do cotidiano.
PRÓXIMA QUESTÃO:
- (MACKENZIE) Assinale a alternativa correta sobre os textos.
Questão disponível em:
- Prova MACKENZIE 2019.2 - Questões com Gabarito e Resolução
COMENTÁRIOS