Atividades do 1º ao 5º ano para ler e se divertir com as crianças em casa durante a pandemia de Coronavírus (COVID-19) . Nós separamos ...
Atividades do 1º ao 5º ano para ler e se divertir com as crianças em casa durante a pandemia de Coronavírus (COVID-19).
Nós separamos uma lista de atividades e 5 textos para você ler e se divertir com seu(s) filho(s) durante essa quarentena que temos de passar nesse momento difícil em que nós e praticamente todo o mundo luta contra a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19).
OBS: no final desta página você encontra o link para download do quadro de atividades e de todos os textos em PDF (no ponde de imprimir e usar em casa).
Confira a lista de atividades:
Segunda-feira
Leitura compartilha da com a família:
“Como nasceu a alegria”
- Faça um desenho.
- Ajude nas tarefas.
Terça-feira
Leitura compartilhada com a família:
“O quanto te amo.”
- Brincar de tirar fotografia.
- Escrever sobre sua história.
- Faça recorte e colagem.
Quarta-feira
Leitura compartilhada com a família:
“Bom dia todas as cores”
- Escreva ou ilustre uma história bem engraçada que seus pais vão contar para você.
- Escolha um bom desenho animado para assistir.
Quinta-feira
Leitura compartilhada com a família:
“Menina bonita do laço de fita”
- Brinque de fazer mimicas.
- Pule corda.
- Faça uma receita saudável.
Sexta-feira
Leitura compartilhada com a família:
“A rainha com rabo de macaco”
- Desenhe a árvore genealógica da família.
- Faça colagem.
- Brinque de amarelinha.
Confira os textos sugeridos:
COMO NASCEU A ALEGRIA
(Rubem Alves)
Você pode não acreditar, mas é verdade: muitos anos atrás a terra era um jardim maravilhoso.
É que os anjos, ajudados pelos elefantes, regavam tudo, com regadores cheios de água que eles tiravam das nuvens. Esta era a sua primeira tarefa, todo dia.
Se esquecessem, todas as plantas morreriam, secas, estorricadas... Para que isso não acontecesse, Deus chamou o galo e lhe disse:
- Galo, logo que o sol aparecer, bem cedinho, trate de cantar bem alto para que os anjos e os elefantes acordem...
E é por isto que, ainda hoje, os galos cantam de manhã...
Flores havia aos milhares. Todas eram lindas. Mas, infelizmente, todas elas eram igualmente vaidosas e cada uma pensava ser a mais bela. E, exibindo as suas pétalas, umas para as outras, elas se perguntavam, sem parar:
- Não sou a mais linda de todas? Até pareciam a madrasta da Branca de Neve.
Por causa da vaidade, nenhuma delas ouvia o que as outras diziam e nem percebiam que todas eram igualmente belas. Por isso, todas ficavam sem resposta.
E eram, assim, belas e infelizes.
No meio de tanta beleza infeliz, entretanto, certo dia uma coisa inesperada aconteceu.
Uma florinha, que estava crescendo dentro de um botão, e que deveria ser igualmente bela e infeliz, cortou uma d e suas pétalas num espinho, ao nascer. A florinha nem ligou e vivia muito feliz com sua pétala partida. Ela não doía. Era uma pétala macia. Era amiga.
Até que ela começou a notar que as outras flores a olhavam com olhos espantados. E percebeu, então, que era diferente.
- Por que é que as outras flores me olham assim, papai, com tanto espanto, olhos tão fixos na minha pétala...?
- Por que será? Que é que você acha?, perguntou o pai.
Na verdade, ele bem sabia de tudo. Mas ele não queria dizer. Queria que a florinha tivesse coragem para olhar para as vaidosas e amar a sua pétala.
- Acho que é porque eu sou meio esquisita..., a florinha respondeu.
E ela foi ficando triste, triste... Não por causa da sua pétala rachada, mas por causa dos olhos das outras flores.
- Já estou cansada de explicar. Eu nasci assim... Mas elas perguntam, perguntam, perguntam...
Até que ela chorou. Coisa que nunca tinha acontecido com as flores belas e infelizes.
A terra levou um susto quando sentiu o pingo de uma lágrima quente, porque as outras flores não choravam. E ela chamou a árvore e lhe contou baixinho:
- A florinha está chorando. E a terra chorou também. A árvore chamou os pássaros e lhes contou o que estava acontecendo. E, enquanto falava, foi murchando, esticando seus galhos num longo lamento, e continua a chorar até hoje, à beira dos rios e dos lagos, aquela árvore triste que tem o nome de chorão. E das pontas dos seus galhos correram as lágrimas que se transformaram num fiozinho de água...Os pássaros voaram até as nuvens.
- Nuvens, a florinha está chorando. E choraram lágrimas que se transformaram em pingos de chuva... As nuvens choraram também, juntando-se aos pássaros numa chuva enorme, choro do céu. As lágrimas das nuvens molharam as camisolas dos anjinhos que brincavam no céu macio.
E quiseram saber o que estava acontecendo. E quando souberam que a florinha estava chorando, choraram também... E Deus, que era uma flor, começou a chorar também.
E a sua dor foi tão grande que, devagarinho, como se fosse espinho, ela foi cortando uma de suas pétalas. E Deus ficou tal e qual a florinha.
E aquele choro todo, da terra, das árvores, dos pássaros, dos anjos, de Deus, virou chuva, como nunca havia caído.
O sol, sempre amigo e brincalhão, não aguentou ver tanta tristeza. Chorou também. E a sua boca triste virou o arco-íris...
E as chuvas viraram rios e os rios viraram mares. Nos rios nasceram peixes pequenos.
Nos mares apareceram os peixes grandes.
A florinha abriu os olhos e se espantou com todo aquele reboliço. Nunca pensou que fosse tão querida. E a sua tristeza foi virando, lá dentro, uma espécie de cócega no coração, e sua boca se entortou para cima, num riso gostoso...
E foi então que aconteceu o milagre.
As flores belas e infelizes não tinham perfume, porque nunca riam.
Quando a florinha sorriu, pela primeira vez, o perfume bom da flor apareceu.
O perfume é o sorriso da flor. E o perfume foi chamando bichos e mais bichos...
Vieram as abelhas... Vieram os beija-flores... Vieram as borboletas... Vieram as crianças.
Um a um, beijaram a única flor perfumada, a flor que sabia sorrir.
E sentiram, pela primeira vez, que a florinha, lá dentro do seu sorriso, era doce, virava mel...
Esta é a estória do nascimento da alegria. De como a tristeza saiu do choro, do choro surgiu o riso e o riso virou perfume. A florinha não se esqueceu de sua pétala partida.
Só que, deste dia em diante, ela não mais sofria ao olhar para ela, mas a agradava, como boa amiga. Quanto aos regadores dos anjos, nunca mais foram usados.
De vez em quando, olhando para as nuvens, a gente vê um deles, guardado lá dentro, já velho e coberto de teias de aranha...
Enquanto a florinha de pétala partida estiver neste mundo, a chuva continuará a cair e o brinquedo de roda em volta do seu sorriso e do seu perfume não terá fim...
O QUANTO TE AMO
Era hora de ir para a cama, e o coelhinho se agarrou firme nas longas orelhas do coelho pai. Depois de ter certeza de que o papai coelho estava ouvindo, o coelhinho disse: “adivinha o quanto eu te amo!”. “Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar” – respondeu o coelho pai
“Tudo isto” – disse o coelhinho, esticando os braços o mais que podia. Só que o coelho pai tinha os braços mais compridos, e disse: “E eu te amo tudo isto!” “Hum, isso é um bocado” pensou o coelhinho. “Eu te amo toda a minha a altura” – disse o coelhinho. “E eu te amo toda a minha altura” – disse o coelho pai. “Puxa, isso é bem alto, pensou o coelhinho. Eu queria ter braços compridos assim”.
Então o coelhinho teve uma boa ideia. Ele se virou de ponta-cabeça apoiando as patinhas na árvore, e gritou: “eu te amo até as pontas dos dedos dos meus pés, papai!” “E eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés” – disse o coelho pai balançando o filho no ar.
“Eu te amo toda a altura do meu pulo!”, riu o coelhinho saltando de um lado para outro. “E eu te amo toda a altura do meu pulo” – riu também o coelho pai, e saltou tão alto que suas orelhas tocaram os galhos da árvore. “Isso é que é saltar; pensou o coelhinho. Bem que eu gostaria de pular assim.”
“Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio” – gritou o coelhinho. “Eu te amo até depois do rio, até as colinas.” – disse o coelho pai. “É uma bela distância pensou o coelhinho.” Mas, àquela altura já estava sonolento demais para continuar pensando.
Então, ele olhou para além das copas das árvores, para a imensa escuridão da noite e concluiu: nada podia ser maior que o céu. “Eu te amo até a Lua!” – disse ele, e fechou os olhos. “Puxa, isso é longe” – falou o papai coelho – “longe mesmo!” O coelho pai deitou o coelhinho na sua caminha de folhas, inclinou-se e lhe deu um beijo de boa-noite. Depois, deitou-se ao lado do filho e sussurrou sorrindo: “eu te amo até a Lua... ida e volta!”
BOM DIA TODAS AS CORES
(Ruth Rocha)
Meu amigo Camaleão acordou de bom humor:
- Bom dia Sol, bom dia Flores, bom dia todas as cores!
Lavou o rosto em uma folha de orvalho, mudou sua cor para cor-de-rosa que era a que ele achava mais bonita e saiu para o Sol contente da vida.
Meu amigo Camaleão estava feliz porque havia chegado a primavera, e o Sol, finalmente, depois de um inverno longo e frio, brilhava alegre no céu.
- Eu hoje estou de bem com a vida. – ele disse – Quero ser bonzinho para todo mundo!
Logo que saiu encontrou o senhor Pernilongo. O senhor Pernilongo toca violino na orquestra do Teatro Florestal.
- Bom dia professor! Como vai o senhor?
- Bom dia Camaleão! Mas o que é isso irmão? Porque mudou de cor? Essa cor não lhe cai bem. Olhe para o azul do céu. Porque não fica azul também?
O Camaleão, amável como era, resolveu ficar azul como o céu da primavera.
Até que numa clareira o Camaleão encontrou o Sabiá-de-laranjeira.
- Meu amigo Camaleão, bom dia para você. Mas que cor é esta? Está azul porquê?
E o Sabiá lhe explicou que a cor mais linda do mundo era a cor alaranjada, cor de laranja, dourada.
Nosso amigo bem depressa resolveu mudar de cor. Ficou logo alaranjado, louro, laranja, dourado.
E cantando alegremente lá se foi, ainda contente.
Na pracinha da floresta, saindo da capelinha, vinha o senhor Louva-a-Deus, mais a família inteirinha. Ele é um senhor muito sério, que não gosta de gracinha.
- Bom dia Camaleão. Mas que cor mais escandalosa, parece até fantasia pra baile de carnaval. Você deveria usar uma cor mais natural… Veja o verde da folhagem, veja o verde da campina, você deveria fazer o que a natureza ensina.
É claro que o nosso amigo resolveu mudar de cor, ficou logo bem verdinho e foi pelo seu caminho.
Vocês agora já sabem como era o Camaleão, bastava que alguém falasse, mudava de opinião. Ficava roxo, amarelo, ficava cor de pavão. Ficava de todas as cores. Não sabia dizer não.
Por isso naquele dia cada vez que encontrava algum de seus amigos e que o amigo estranhava a cor que ele estava, adivinha o que é que fazia o nosso amigo Camaleão? Pois ele logo mudava, mudava pra outro tom.
Mudou de rosa pra azul. De azul pra alaranjado. De laranja para verde. De verde pra encarnado. Mudou-se de preto pra branco. De branco virou roxinho. De roxo pra amarelo e até pra cor de vinho.
Quando o sol começou a se pôr no horizonte, Camaleão resolveu voltar para casa. Estava cansado do longo passeio e mais cansado ainda de tanto mudar de cor. Entrou na sua casinha. Deitou para descansar. E lá ficou a pensar:
– Por mais que a gente se esforce, não pode agradar a todos. Alguns gostam de farofa, outros preferem farelo… Uns querem comer maçã. Outros preferem marmelo… Tem quem goste de sapato. Tem quem goste de chinelo… E se não fosse os gostos, que seria do amarelo?
Por isso, no outro dia, Camaleão levantou-se bem cedinho.
– Bom dia, sol, bom dia, flores, bom dia, todas as cores!
Lavou o rosto numa folha cheia de orvalho, mudou sua cor para cor-de-rosa, que ele achava a mais bonita de todas, e saiu para o sol, contente da vida. Logo que saiu, Camaleão encontrou o Sapo Cururu, que é cantor de sucesso na Rádio Jovem Floresta.
- Bom dia, meu caro Sapo! Que dia mais lindo, não?
-Muito bom dia, amigo Camaleão! Mas que cor mais engraçada, antiga, tão desbotada… Por que é que você não usa uma cor mais avançada?
O Camaleão sorriu e disse para o seu amigo:
– Eu uso as cores que eu gosto, e com isso faço bem. Eu gosto dos bons conselhos, mas faço o que me convém. Quem não agrada a si mesmo, não pode agradar a ninguém…
MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA
(Ana Maria Machado)
Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas.
Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela.
Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi.
Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos.E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha.
Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...
A RAINHA COM RABO DE MACACO
(Roberto Carlos Ramos)
Vou contar para vocês uma história científica. Uma história que vai explicar para vocês direitinho porque as rainhas do mundo todo usam aqueles vestidões rodados e compridos, alguém sabe explicar por quê?
Ah, não sabe não né. Pois eu vou contar!
Essa é a história da primeira Rainha que existiu no mundo. É uma Rainha tão invejosa que ela ficava o dia inteiro na janela do castelo esperando as meninas passarem na rua. Quando passava uma menina com sapatinho novo a Rainha invejosa falava assim:
- Ô menina, ô menina...pode tirar a sandalinha bonita porque quem vai calçar essa sandalinha bonita aqui sou eu!
E pegava a sandalinha da menina.
- Ô menino, ô menino...que camiseta mais bonita. Soldados...ô soldados...tirem a camiseta do menino.
E pegava a camiseta do menino.
Essa rainha pegava tudo de todo mundo.
E tinha um menino assim da idade de vocês que morava perto do castelo da Rainha com a mãe dele. Um dia a mãe do menino o chamou e disse:
- Meu filho, vem cá...a dona Rainha pegou nosso fogão, pegou nossa geladeira, fogão de lenha...olha até a cisterna a Rainha levou...só sobrou aquele buraco ali no chão...você pega essa aqui..essa sacolinha e leva essas coisas lá para sua avó, mas tem uma coisa... não deixa a Rainha ver e tem mais não pega nada do que tem aqui dentro porque isso é para sua avó e só sua avó sabe o vale pra ela.
O menino disse:
- Pode deixar mãe, eu vou levar.
E o menino então que era bem mandado pegou a sacolinha e foi passando pelo castelo da Rainha sem que a Rainha o visse.
Quando o menino estava bem longe...deu uma curiosidade...uma curiosidade para saber o que tinha dentro...ele pensou: Eu acho que vou dar uma olhada.
E ele espertinho abriu a sacola. Quando ele enfiou a mão lá dentro ele tirou de lá uma pitanga! Só que a pitanga era do tamanho de uma melancia! Sem brincadeira...aquela pitangona grandona...parecia até uma abóbora!
E ele falou:
- Nossa...olha o tamanho dessa pitanga...huummm...e tá madurinha...hummm...a minha boca tá enchendo d´agua...eu acho que vou dar uma mordidinha que a minha vó não vai nem perceber.
E o menino então que era meio levadinho deu uma mordida bem grande na pitanga!
- Hummm...mas é docinha mesmo...
Mas quando ele mordeu ele escutou um barulho: turuuluunn...o nariz dele cresceu e ele não percebeu nada. Quando ele mordeu a segunda vez aquela pitanga turuuluunn turuuluunn...as orelhas do menino cresceram...ficaram igual orelhas de burro. E quando ele morde a terceira vez aquela pitanga... turuuluunn... o rabo no menino cresceu e ficou igual a um rabo de macaco. E foi quando o menino se assustou ele viu que estava com um nariz do tamanho de um braço, com duas orelhas de burro e um rabo de macaco.
O menino assustado disse:
- Ah, puxa...o que essa pitanga fez comigo. Mas pera aí...deixou ver o que mais tem dentro dessa sacola... olha aqui dentro tem umas pitanguinhas tão pequeninhas que parecem grãozinhos de arroz.
Então ele pegou aquela pitanguinha pequeninha...mastigou e quando ele engoliu escutou aquele barulho: turuuluunn... só que era ao contrário o nariz do menino encolheu.
E ele disse:
- Nossa...eu comi a pitanguinha e voltei ao normal... peraí vou pegar outra pitanguinha enfiou a mão na sacola pegou outra colocou na boca e escutou de novo turuuluunn turuuluunn e olha...as orelhas dele voltaram ao normal. Deixou ver agora para sumir esse rabo.
O menino então pegou outra pitanguinha colocou na boca e quando ele mastigou ele escutou: turuuluunn... o rabo dele encolheu.
E aí ele disse:
- Ah, então é isso... quando eu como a pitanga grande eu fico com o nariz grandão, com orelhas de burro e com rabo de macaco, mas quando eu como a pitanga pequeninha eu volto ao normal... olha que legal... deixou ver o que tem mais aqui na sacola da vovó... hummm... olha aqui uma sacolinha com moedinhas de ouro...mais que maravilha!
Mas quando o menino ficou olhando para aquela sacolinha... adivinha quem passou com sua carruagem?
- Cocheiro...cocheiro...pare a carruagem! Ô menino...ô menino...ah, mas que sacolinha essa na sua mão? Ah, não senhor... essa sacolinha bonitinha assim quem vai usar sou eu! Cocheiro... pega aquela sacolinha do menino!
O menino ficou preocupado e disse:
- Rainha, não pega essa sacola... aliás, pensando bem a senhora não quer dar uma mordida nessa pitanga gigante que tem aqui?
A Rainha olhou e disse:
- Ah, uma pitanga gigante... escondendo de mim né seu safadinho... pois sabia você que quem vai comer pitanga gigante aqui sou eu... por favor, cocheiro traga o guardanapo real que eu vou colocar no meu vestido real e que eu vou dar uma mordida real nessa pitanga...gente...o tamanho dessa pitanga... parece uma melancia... hummm...deixou ver... eu vou acho que vou dar uma mordida... ela parece deliciosa... e lá vai... e é 1, 2... hmmmm.... essa pitanga é uma delícia!
Mas quando a Rainha engoliu ela escutou um barulho: turuuluunn... o nariz dela cresceu e ela ficou horrível. Mas ela não percebeu nada.
Quando ela mordeu a segunda vez aquela pitanga gigante...
- Mas que pitanga saborosa....
Turuuluunn turuuluunn
As orelhas da Rainha cresceram... pareciam orelhas de burro e ela não viu nada. E quando ela mordeu pela terceira vez aquela pitanga gigante turuuluunn... o rabo da Rainha cresceu e ela não viu nada... e ela disse:
- Cocheiro... traga o meu espelho real que eu vou limpar a minha boquinha real.
Quando o cocheiro trouxe o espelho e a Rainha viu... ela levou um susto:
- Ahhhhhhhhhhhhh....que nariz horrível... orelhas de burro... o que é isso... não é possível... um rabo de macaco... eu dou qualquer coisa para voltar ao normal... qualquer coisa! – disse a Rainha.
O menino então disse:
- Bom, Rainha, se a senhora devolver as coisas que pegou de todo mundo eu faço a senhora voltar ao normal.
A Rainha então disse:
- Não bobo, eu não peguei nada das pessoas não...eu pedi é... foi emprestado... não foi cocheiro. Foi emprestado sim... eu não peguei nada de ninguém... topo devolver tudo, mas me faz voltar ao normal.
- Bem... então, senhora Rainha para a senhora voltar ao normal é bem fácil, a senhora tem que pegar essa pitanga gigante, essa aí que está na sua mão e subir no muro do seu castelo quando a senhora tiver lá em cima e todo mundo olhando para a senhora, a senhora começa a comer toda essa pitanga gigante enquanto rebola daí a senhora volta ao normal.
- Como é que é? É só eu comer essa pitanga gigante em cima do muro e começar a rebolar e comer tudo? Ah, você vai ver só se eu to rindo... quando eu voltar ao normal... vou voltar para te castigar... é melhor você ir embora agora porque senão você vai se ver comigo.
E lá se foi a Rainha... pegou a pitanga subiu no muro do castelo, começou a rebolar e comer aquela pitanga gigante...
- Oba... eu vou voltar ao normal!
Mas quando a Rainha rebolava o rabo dela fazia: turuuluunn turuuluunn turuuluunn turuuluunn turuuluunn turuuluunn
O rabo da Rainha foi crescendo crescendo... cresceu tanto que chegou lá em baixo nas ruas da cidade e todo mundo descobriu que aquela Rainha tinha rabo de macaco.
Sabe o que a Rainha fez então para ninguém mais ver o rabo de macaco dela... ela mandou enrolar aquele rabo... foi enrolando enrolando fez aquele bolo de rabo e já que não podia cortar ela mandou fazer então um vestido redondo compridão grandão que tampava aquele rabo de macaco.
É por isso que toda Rainha usa aquele vestido redondo compridão grandão para esconder o seu rabo de macaco. Acredite se quiser, mas se você está duvidando tenta ver embaixo do vestido de uma Rainha.
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