Leia o texto para responder às questões de 51 a 54 . O leitor encontra, neste belo número da Revista Katálysis, um panorama rico, denso...
Leia o texto para responder às questões de 51 a 54.
O leitor encontra, neste belo número da Revista Katálysis, um panorama rico, denso e qualificado do que vem ocorrendo no mundo do trabalho hoje, com seus traços de “continuidade” e “descontinuidade”, num período em que o capitalismo aprofundou ainda mais as penalizações que está impondo ao universo laborativo, onde o “novo” e o “velho” se (re)configuram a partir da nova Divisão Internacional do Trabalho (DIT), que se reestruturou nas últimas décadas.
[...]
Se a Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, legou-nos um enorme processo de “desantropomorfização do trabalho” (Lukács); se o século XX pode ser caracterizado pelo que Braverman definiu como sendo a “era da degradação do trabalho”, as últimas décadas do século passado e os inícios do atual vêm presenciando a generalização de “outras formas e modalidades de precarização”, [...] aquela responsável pela geração do cybertariado (Ursula Huws), uma nova força de trabalho global que mescla intensamente “informatização” com “informalização”.[...]
As consequências são fortes: nesta fase de desmanche, estamos presenciando o derretimento dos poucos laços de sociabilidade, [...] sem presenciarmos uma ampliação da vida dotada de sentido, nem “dentro” e nem “fora” do trabalho. A vida se consolida, cada vez mais, como sendo desprovida de sentido no trabalho e, por outro lado, estranhada e fetichizada* também “fora” do trabalho, exaurindo-se no mundo sublimado do consumo (virtual ou real), ou na labuta incansável pelas qualificações de todo tipo, que são incentivadas como antídoto [...] para não perder o emprego daqueles que o têm.
É por isso que estamos presenciando uma desconstrução sem precedentes do trabalho em toda a era moderna, ampliando os diversos modos de ser da precarização e do desemprego estrutural. Resta para a “classe-que-vive-do-trabalho” oscilar, ao modo dos pêndulos, entre a busca de qualquer “labor” e a vivência do desemprego.
Este número especial da Revista Katálysis, dedicado às novas configurações do trabalho na sociedade capitalista, é uma contribuição efetiva para a linhagem crítica, atualizada e original, tanto pelos temas selecionados, quanto pela qualidade e competência dos colaboradores presentes, ajudando a descortinar tantos elementos que configuram a “nova morfologia do trabalho”, seus dilemas e desafios.
*fetichizar: ação de admirar exageradamente, irrestritamente, incondicionalmente uma pessoa ou coisa.
QUESTÃO 52
(FATEC 2020) Dentre as propostas de reescrita dos diferentes trechos retirados do texto, assinale a única que mantém o sentido original e que respeita as normas da variedade culta da língua portuguesa.
(A) Texto original – “É por isso que estamos presenciando uma desconstrução do trabalho sem precedentes...”
Texto reescrito – É por isso que uma desconstrução inédita do trabalho está sendo presenciada por nós...
(B) Texto original – “A vida se consolida, cada vez mais, como sendo desprovida de sentido no trabalho...”
Texto reescrito – Consolidam a vida, ininterruptamente, tirando do trabalho o sentido...
(C) Texto original – “...o capitalismo aprofundou ainda mais as penalizações que está impondo ao universo laborativo...”
Texto reescrito – As penalizações impostas ao universo laborativo aprofundaram ainda mais o capitalismo...
(D) Texto original –“...as últimas décadas do século passado e os inícios do atual vêm presenciando a generalização de ‘outras formas e modalidades de precarização’ ...”
Texto reescrito – ... entre meados do século XIX e início do século XXI, a difusão de “outras formas e modalidades de precarização” foi presenciada...
(E) Texto original –“Este número especial da Revista Katálysis... é uma contribuição efetiva para a linhagem crítica, atualizada e original, tanto pelos temas selecionados, quanto pela qualidade e competência dos colaboradores presentes...”
Texto reescrito – Uma contribuição efetiva pela linguagem crítica moderna e clássica foi feita pelo número especial da Revista Katálysis, devido aos temas abordados e à qualidade dos colaboradores...
QUESTÃO ANTERIOR:
- (FATEC 2020) Assinale a alternativa que apresenta uma análise correta das informações apresentadas no texto.
PRÓXIMA QUESTÃO:
- (FATEC 2020) Os termos “continuidade”, “desconstrução” e “desmanche” são palavras constituídas por diferentes processos de formação de palavras.
QUESTÃO DISPONÍVEL EM:
- Prova FATEC 2020.1 com Gabarito e Resolução
O leitor encontra, neste belo número da Revista Katálysis, um panorama rico, denso e qualificado do que vem ocorrendo no mundo do trabalho hoje, com seus traços de “continuidade” e “descontinuidade”, num período em que o capitalismo aprofundou ainda mais as penalizações que está impondo ao universo laborativo, onde o “novo” e o “velho” se (re)configuram a partir da nova Divisão Internacional do Trabalho (DIT), que se reestruturou nas últimas décadas.
[...]
Se a Revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX, legou-nos um enorme processo de “desantropomorfização do trabalho” (Lukács); se o século XX pode ser caracterizado pelo que Braverman definiu como sendo a “era da degradação do trabalho”, as últimas décadas do século passado e os inícios do atual vêm presenciando a generalização de “outras formas e modalidades de precarização”, [...] aquela responsável pela geração do cybertariado (Ursula Huws), uma nova força de trabalho global que mescla intensamente “informatização” com “informalização”.[...]
As consequências são fortes: nesta fase de desmanche, estamos presenciando o derretimento dos poucos laços de sociabilidade, [...] sem presenciarmos uma ampliação da vida dotada de sentido, nem “dentro” e nem “fora” do trabalho. A vida se consolida, cada vez mais, como sendo desprovida de sentido no trabalho e, por outro lado, estranhada e fetichizada* também “fora” do trabalho, exaurindo-se no mundo sublimado do consumo (virtual ou real), ou na labuta incansável pelas qualificações de todo tipo, que são incentivadas como antídoto [...] para não perder o emprego daqueles que o têm.
É por isso que estamos presenciando uma desconstrução sem precedentes do trabalho em toda a era moderna, ampliando os diversos modos de ser da precarização e do desemprego estrutural. Resta para a “classe-que-vive-do-trabalho” oscilar, ao modo dos pêndulos, entre a busca de qualquer “labor” e a vivência do desemprego.
Este número especial da Revista Katálysis, dedicado às novas configurações do trabalho na sociedade capitalista, é uma contribuição efetiva para a linhagem crítica, atualizada e original, tanto pelos temas selecionados, quanto pela qualidade e competência dos colaboradores presentes, ajudando a descortinar tantos elementos que configuram a “nova morfologia do trabalho”, seus dilemas e desafios.
Ricardo Antunes, Editorial da Revista Katálysis, n.2, 2009.
<https://tinyurl.com/y6nchqmr> Acesso em: 19.10.2019. Adaptado.
*fetichizar: ação de admirar exageradamente, irrestritamente, incondicionalmente uma pessoa ou coisa.
QUESTÃO ANULADA
QUESTÃO 52
(FATEC 2020) Dentre as propostas de reescrita dos diferentes trechos retirados do texto, assinale a única que mantém o sentido original e que respeita as normas da variedade culta da língua portuguesa.
(A) Texto original – “É por isso que estamos presenciando uma desconstrução do trabalho sem precedentes...”
Texto reescrito – É por isso que uma desconstrução inédita do trabalho está sendo presenciada por nós...
(B) Texto original – “A vida se consolida, cada vez mais, como sendo desprovida de sentido no trabalho...”
Texto reescrito – Consolidam a vida, ininterruptamente, tirando do trabalho o sentido...
(C) Texto original – “...o capitalismo aprofundou ainda mais as penalizações que está impondo ao universo laborativo...”
Texto reescrito – As penalizações impostas ao universo laborativo aprofundaram ainda mais o capitalismo...
(D) Texto original –“...as últimas décadas do século passado e os inícios do atual vêm presenciando a generalização de ‘outras formas e modalidades de precarização’ ...”
Texto reescrito – ... entre meados do século XIX e início do século XXI, a difusão de “outras formas e modalidades de precarização” foi presenciada...
(E) Texto original –“Este número especial da Revista Katálysis... é uma contribuição efetiva para a linhagem crítica, atualizada e original, tanto pelos temas selecionados, quanto pela qualidade e competência dos colaboradores presentes...”
Texto reescrito – Uma contribuição efetiva pela linguagem crítica moderna e clássica foi feita pelo número especial da Revista Katálysis, devido aos temas abordados e à qualidade dos colaboradores...
QUESTÃO ANTERIOR:
- (FATEC 2020) Assinale a alternativa que apresenta uma análise correta das informações apresentadas no texto.
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- RESOLUÇÃO (Cursos Objetivo):
- Trata-se da transposição da voz ativa para a voz passiva analítica. No texto original, tem-se como sujeito agente e oculto “nós” e como objeto direto a expressão “uma desconstrução do trabalho sem precedentes”. No texto reescrito, utilizando-se a voz passiva analítica, o objeto passa a ser sujeito paciente, “uma desconstrução inédita do trabalho” e o sujeito passa a ser o agente da passiva “por nós”.
- GABARITO:
- (A) Texto original – “É por isso que estamos presenciando uma desconstrução do trabalho sem precedentes...”
Texto reescrito – É por isso que uma desconstrução inédita do trabalho está sendo presenciada por nós...
PRÓXIMA QUESTÃO:
- (FATEC 2020) Os termos “continuidade”, “desconstrução” e “desmanche” são palavras constituídas por diferentes processos de formação de palavras.
QUESTÃO DISPONÍVEL EM:
- Prova FATEC 2020.1 com Gabarito e Resolução
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