(Albert Einstein 2016) “Quem dera o fosse.” Os verbos empregados nessa frase do quarto parágrafo (verbo dar no pretérito maisque-perfeito do indicativo e verbo ir no pretérito imperfeito do subjuntivo) contribuem para construir o sentido de que
Editorial
A mistanásia é um termo pouco utilizado nas conversas do dia a dia, mas, que, infelizmente, não está tão distante de nossa realidade. Aimprensa registra, sem filtros, o drama de milhares de pacientes e profissionais nos postos de saúde, hospitais e prontos-socorros e traduz a dura proximidade com a expressão.
O significado de mistanásia remete à omissão de socorro, à negligência. Ela representa a morte miserável, antes da hora. É conhecida como a eutanásia social. No Brasil, seu flagelo atinge, sobretudo, os mais carentes, que dependem exclusivamente do Estado quando o corpo padece.
Um exemplo do que a mistanásia pode causar apareceu em série de reportagens exibida pelo Jornal Nacional (Rede Globo), em janeiro, que dissecou o drama dos pacientes com câncer no país. A falta de tudo torna a larga espera pelo atendimento um duro calvário e, em meio ao desespero, centros de excelência, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, minguam a céu aberto.
A falência do sistema público de saúde não é só um fenômeno administrativo ou contábil. Quem dera o fosse.
Assim, seria mais fácil suportá-la, pois contas se arrumam. Aquestão é que o desequilíbrio causado por uma gestão feita de pessoas perdidas em meio ao tiroteio entrou em nossas casas pela porta da frente.
A situação grave, contornada com paliativos, ceifa vidas, inclusive de crianças e jovens, impedidos de receber aquilo que a Constituição lhes garante como direito cidadão: o acesso universal, integral, gratuito e com equidade a serviços de saúde de qualidade.
Nesta edição do jornal Medicina, apresentamos números do valor da vida e da saúde de cada brasileiro para o setor público. Amédia nacional não supera os R$ 4,00 ao dia, ou seja, quase nada se comparado a outros países com modelos assistenciais semelhantes.
Essa conta acentua a tragédia da morte anunciada em corredores e filas de espera e suscita um questionamento importante, pois os dados evidenciam que, apesar do pouco destinado, é o mau uso dos recursos que estão disponíveis que aprofunda a crise.
O Brasil está diante de um dilema. É hora de rever caminhos, adotar novas posturas, corrigir falhas para não sentenciar a população à doença e tirar do estado de coma em que se encontra o Sistema Único de Saúde (SUS), uma das maiores políticas sociais do mundo e balizador de todo modelo de atenção no País.
QUESTÃO 27
(Albert Einstein 2016) “Quem dera o fosse.” Os verbos empregados nessa frase do quarto parágrafo (verbo dar no pretérito maisque-perfeito do indicativo e verbo ir no pretérito imperfeito do subjuntivo) contribuem para construir o sentido de que
(A) o fenômeno administrativo e contábil gerado pelo desequilíbrio da gestão do sistema público de saúde levou o país à falência.
(B) o problema com a saúde nacional se circunscreve a questões de natureza administrativa ou contábil.
(C) a situação em que se encontra o sistema público de saúde não se restringe a questões de natureza administrativa ou contábil.
(D) a falência do sistema público de saúde brasileiro se resolve pela gestão equilibrada das contas.
QUESTÃO ANTERIOR:
- (Albert Einstein 2016) Por se tratar de editorial, o texto
PRÓXIMA QUESTÃO:
- (Albert Einstein 2016) Indique o referente textual a que o pronome destacado faz remissão [5º parágrafo]
QUESTÃO DIPONÍVEL EM:
- Prova Albert Einstein 2016.2 com Gabarito e Resolução
O valor da vida
Hermann A.V. von Tiesenhausen
Diretor executivo do jornal Medicina
A mistanásia é um termo pouco utilizado nas conversas do dia a dia, mas, que, infelizmente, não está tão distante de nossa realidade. Aimprensa registra, sem filtros, o drama de milhares de pacientes e profissionais nos postos de saúde, hospitais e prontos-socorros e traduz a dura proximidade com a expressão.
O significado de mistanásia remete à omissão de socorro, à negligência. Ela representa a morte miserável, antes da hora. É conhecida como a eutanásia social. No Brasil, seu flagelo atinge, sobretudo, os mais carentes, que dependem exclusivamente do Estado quando o corpo padece.
Um exemplo do que a mistanásia pode causar apareceu em série de reportagens exibida pelo Jornal Nacional (Rede Globo), em janeiro, que dissecou o drama dos pacientes com câncer no país. A falta de tudo torna a larga espera pelo atendimento um duro calvário e, em meio ao desespero, centros de excelência, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, minguam a céu aberto.
A falência do sistema público de saúde não é só um fenômeno administrativo ou contábil. Quem dera o fosse.
Assim, seria mais fácil suportá-la, pois contas se arrumam. Aquestão é que o desequilíbrio causado por uma gestão feita de pessoas perdidas em meio ao tiroteio entrou em nossas casas pela porta da frente.
A situação grave, contornada com paliativos, ceifa vidas, inclusive de crianças e jovens, impedidos de receber aquilo que a Constituição lhes garante como direito cidadão: o acesso universal, integral, gratuito e com equidade a serviços de saúde de qualidade.
Nesta edição do jornal Medicina, apresentamos números do valor da vida e da saúde de cada brasileiro para o setor público. Amédia nacional não supera os R$ 4,00 ao dia, ou seja, quase nada se comparado a outros países com modelos assistenciais semelhantes.
Essa conta acentua a tragédia da morte anunciada em corredores e filas de espera e suscita um questionamento importante, pois os dados evidenciam que, apesar do pouco destinado, é o mau uso dos recursos que estão disponíveis que aprofunda a crise.
O Brasil está diante de um dilema. É hora de rever caminhos, adotar novas posturas, corrigir falhas para não sentenciar a população à doença e tirar do estado de coma em que se encontra o Sistema Único de Saúde (SUS), uma das maiores políticas sociais do mundo e balizador de todo modelo de atenção no País.
Jornal Medicina
Publicação oficial do Conselho Federal de Medicina. Janeiro 2016.
QUESTÃO 27
(Albert Einstein 2016) “Quem dera o fosse.” Os verbos empregados nessa frase do quarto parágrafo (verbo dar no pretérito maisque-perfeito do indicativo e verbo ir no pretérito imperfeito do subjuntivo) contribuem para construir o sentido de que
(A) o fenômeno administrativo e contábil gerado pelo desequilíbrio da gestão do sistema público de saúde levou o país à falência.
(B) o problema com a saúde nacional se circunscreve a questões de natureza administrativa ou contábil.
(C) a situação em que se encontra o sistema público de saúde não se restringe a questões de natureza administrativa ou contábil.
(D) a falência do sistema público de saúde brasileiro se resolve pela gestão equilibrada das contas.
QUESTÃO ANTERIOR:
- (Albert Einstein 2016) Por se tratar de editorial, o texto
- [accordion]
- RESOLUÇÃO (Cursos Objetivo)
- O editorial deixa evidente que a crise no sistema de saúde vai além de questões de ordem administrativa ou contábil, daí o lamento do autor na frase: “Quem dera o fosse”. Para ele, trata-se de algo mais amplo que diz respeito a um contexto caótico do próprio país que afeta o sistema de saúde pública.
- GABARITO:
- (C) a situação em que se encontra o sistema público de saúde não se restringe a questões de natureza administrativa ou contábil.
PRÓXIMA QUESTÃO:
- (Albert Einstein 2016) Indique o referente textual a que o pronome destacado faz remissão [5º parágrafo]
QUESTÃO DIPONÍVEL EM:
- Prova Albert Einstein 2016.2 com Gabarito e Resolução
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